FAQ - Perguntas Frequentes

Definição de Educação Especial

A educação especial tem como objetivo do educando seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho, ou seja, o mesmo objetivo da educação geral tradicionalista, sendo visto como um processo de socialização em que o indivíduo adquire e assimila vários tipos de conhecimentos, funcionando como uma conscientização cultural e comportamental, que se materializa numa série de habilidades e valores.

Entretanto, a diferença da educação especial para a tradicional, por assim dizer, está no local de atendimento, no tipo de material didático, currículo de trabalho, pessoal envolvido e na individualização do atendimento.

A definição para educação especial está na modalidade de ensino por um conjunto de recursos e serviços educacionais especiais. Tudo para que haja a garantia de uma educação formal dos educandos que apresentam necessidades muito diferentes dadas a maioria das crianças e/ou jovens.

Tais indivíduos, também denominados “excepcionais”, também recebem a denominação por parte dos educadores de “alunos com necessidade educacionais especiais”. Vale ressaltar e observar que nem todo portador de deficiência requer serviços especiais. Ainda que possa necessitar de tratamento ou intervenção terapêutica (por exemplo: fisioterapia) em função de suas condições físicas ou mentais.


 

Em que consiste a Dislexia?

A Dislexia é uma perturbação da aprendizagem da leitura apesar de uma inteligência normal e ausência de perturbações sensoriais ou neurológicas.

Esta perturbação ou dificuldade na aprendizagem afecta directamente a leitura e a escrita.

Dislexia = Dis (dificuldade; separação) + lexia (lexico; palavra) = Dificuldade com as palavras.

A Dislexia é uma perturbação da aprendizagem que tanto pode ocorrer com as palavras como com os números.

Esta perturbação da aprendizagem existe mesmo na presença de uma educação correcta e apropriada.

Ela não tem nada a ver com os pais nem com os professores, nem com os métodos de ensino.

Esta é uma dificuldade da criança (ou adulto) que precisa de ser identificada cedo para que se possa fazer a respectiva correcção e eliminação.

Alguns sinais de alerta são:

  • Dificuldades na linguagem escrita e por vezes oral.
  • Dificuldades na leitura e compreensão (quer de palavras quer de números).
  • Problemas de atenção.
  • Distraem-se com mais facilidade.
  • Problemas de lateralidade (confunde a esquerda com a direita).
  • "Não vê" o que tem à sua volta.
  • Tropeça, cai com frequência, bate nas mesas ou ombreiras das portas.
  • Não acerta na bola ou é mau nas actividades que requerem destreza manual.
  • A sua escrita não tem precisão e é irregular (escrita irregular).
  • Troca letras com sons idênticos. Por ex: f/v; p/b; p/t; v/z; b/d......
  • Pode escrever letras em espelho.
  • Na leitura salta palavras ou linhas.
  • Não lê a palavra e lê de memória. Por ex: livraria/livro; batata/bata ....

Estas são algumas situações que requerem atenção quer da parte dos pais quer dos professores.

Os professores devem chamar a atenção dos pais para que estes possam levar os seus filhos a:

Os professores devem procurar minimizar esta situação através de:

  • Colocar o aluno numa carteira mais próxima de si, para assim  poder "vigiar" a atenção e as dificuldades do aluno.
  • Eliminar possíveis focos de distracção (afastar colegas/amigos, barulhos, objectos que distraiam, janelas ou portas, etc.).
  • Ensinar o aluno a organizar os cadernos/dossiê com cores, com separadores, etc.
  • Fazer um reforço positivo e não negativo para que ele não se sinta marginalizado.
  • Dar mais tempo durante as provas.
  • Ler as provas/perguntas para o aluno.

Nota: Quer os pais quer os professores devem verificar se existe alguma dificuldade visual ou auditiva que possam estar na origem destas dificuldades de aprendizagem



 

O que é Hiperatividade?

Hiperactividade ou incapacidade de estar quieto é um dos muitos problemas com que pais e professores muitas vezes se debatem no seu dia a dia.

As crianças não sossegam um minuto e têm dificuldade em permanecer no seu lugar, tendo uma actividade motora excessiva, parecendo ligadas "à corrente".

O seu comportamento é de irrequietude, impulsividade, não se conseguindo concentrar nem prestar atenção a nada, acabando por não ter aproveitamento escolar.

As soluções usuais são a medicação, mas como toda a gente sabe a medicação não cura, apenas estabiliza os sintomas ou o sistema nervoso.

As causas essas ficam por resolver ..... e como tal o problema mantém-se.

A situação é que "ninguém" conhece as causas as causas da hiperactividade e como tal não sabem o que fazer para as corrigir.

No entanto hoje em dia já se sabe muito acerca deste problema e de algumas das suas causas e hoje existem muitos profissionais a trabalharem as causas da hiperactividade com resultados que antes nunca se pensava serem possíveis.

Inúmeras vezes existem causas físicas e emocionais por detrás da hiperactividade apesar de nada ser detectado nos exames e testes que actualmente se fazem.

Corrigindo essas causas, a hiperactividade desaparece ou diminui significativamente.

A observação de pessoas e crianças com dislexia, autismo, hiperactividade, desordens de atenção, problemas de aprendizagem e muitas outras condições tem mostrado a existência de disfunções no corpo e no sistema sacro craniano.

Mais, tem-se visto que a correcção dessas disfunções resultam num melhoramento bastante grande em muitas das condições que as pessoas ou crianças apresentam como sejam a dislexia, a hiperatividade, o autismo, as desordens de atenção, os problemas de aprendizagem, paralisias, etc..

Infelizmente muitas das disfunções existentes no corpo ou no sistema sacro craniano não são detectáveis nos exames que actualmente se fazem e apenas podem ser detectadas e corrigidas por pessoas que são treinadas para o efeito.

Uma vez que essas disfunções não são visíveis nos exames e uma vez que são muito poucas as pessoas treinadas na sua detecção e correcção, estas disfunções passam completamente despercebidos da grande maioria dos profissionais de saúde.

E se não são detectadas, elas não são corrigidas.

É desta forma que apenas se detectam as consequências ou os resultados dos maus funcionamentos do corpo e do sistema sacro craniano, mas não as suas causas ou origens.

 


 

O que é Autismo ou Transtornos do Espetro Autista?

A partir do último Manual de Saúde Mental – DSM-5, que é um guia de classificação diagnóstica, todos os distúrbios do autismo, incluindo o transtorno autista, transtorno desintegrativo da infância, transtorno generalizado do desenvolvimento não-especificado (PDD-NOS) e Síndrome de Asperger, fundiram-se em um único diagnóstico chamado Transtornos do Espectro Autista – TEA.

O TEA é uma condição geral para um grupo de desordens complexas do desenvolvimento do cérebro, antes, durante ou logo após o nascimento. Esses distúrbios se caracterizam pela dificuldade na comunicação social e comportamentos repetitivos. Embora todas as pessoas com TEA partilhem essas dificuldades, o seu estado irá afetá-las com intensidades diferentes. Assim, essas diferenças podem existir desde o nascimento e serem óbvias para todos; ou podem ser mais sutis e tornarem-se mais visíveis ao longo do desenvolvimento.

O TEA pode ser associado com deficiência intelectual, dificuldades de coordenação motora e de atenção e, às vezes, as pessoas com autismo têm problemas de saúde física, tais como sono e distúrbios gastrointestinais e podem apresentar outras condições como síndrome de deficit de atenção e hiperatividade, dislexia ou dispraxia. Na adolescência podem desenvolver ansiedade e depressão.

Algumas pessoas com TEA podem ter dificuldades de aprendizagem em diversos estágios da vida, desde estudar na escola, até aprender atividades da vida diária, como, por exemplo, tomar banho ou preparar a própria refeição. Algumas poderão levar uma vida relativamente “normal”, enquanto outras poderão precisar de apoio especializado ao longo de toda a vida.

O autismo é uma condição permanente, a criança nasce com autismo e torna-se um adulto com autismo.

Assim como qualquer ser humano, cada pessoa com autismo é única e todas podem aprender.

As pessoas com autismo podem ter alguma forma de sensibilidade sensorial. Isto pode ocorrer em um ou em mais dos cinco sentidos – visão, audição, olfato, tato e paladar – que podem ser mais ou menos intensificados. Por exemplo, uma pessoa com autismo pode achar determinados sons de fundo, que outras pessoas ignorariam, insuportavelmente barulhentos. Isto pode causar ansiedade ou mesmo dor física.

Alguns indivíduos que são sub sensíveis podem não sentir dor ou temperaturas extremas. Algumas podem balançar rodar ou agitar as mãos para criar sensação, ou para ajudar com o balanço e postura ou para lidar com o stress ou ainda, para demonstrar alegria.

As pessoas com sensibilidade sensorial podem ter mais dificuldade no conhecimento adequado de seu próprio corpo. Consciência corporal é a forma como o corpo se comunica consigo mesmo ou com o meio. Um bom desenvolvimento do esquema corporal pressupõe uma boa evolução da motricidade, das percepções espaciais e temporais, e da afetividade.

As pessoas com TEA podem se destacar em habilidades visuais, música, arte e matemática.

Ainda:

  • A maioria das pessoas com autismo é boa em aprender visualmente;

  • Algumas pessoas com autismo são muito atentas aos detalhes e à exatidão;

  • Geralmente possuem capacidade de memória muito acima da média;

  • É provável que as informações, rotinas ou processos uma vez aprendidos, sejam retidos;

  • Algumas pessoas conseguem concentrar-se na sua área de interesse especifico durante muito tempo e podem optar por estudar ou trabalhar em áreas afins;

  • A paixão pela rotina pode ser fator favorável na execução de um trabalho;

  • Indivíduos com autismo são funcionários leais e de confiança;